5 Comentários

Puxa, muito obrigada pelo texto tão bem explicado. Há anos tenho essa percepção de que mesmo roupas de marcas caras estão com aquele aspecto barato, empobrecido e os preços mais e mais caros. Vejos as fotos das coleções e tudo parece até feito daquele tecido de fantasia de carnaval, o rayon, ou plástico, sabe? E as roupas têm recortes esquisitos com aquele caimento ruim, não sei explicar. Um exemplo: hoje, é raro encontrar vestidos ou saias longas e rodadas sem aquelas horrendas costuras horizontais, que parecem formar camadas com emendas para completar o comprimento das saias. É como se o tecido fosse escasso e as grifes usassem esse artifício para fazer o pano render mais. Fica feio. Tudo tem poliéster e as roupas não respiram. É também comum ver roupas feias e com esse aspecto pobre, com tecidos baratos custando mais de 1k, 2k, 3k... o que é um absurdo. Vê-se claramente o abuso de uso da marca e da palavra de "slow" fashion para fazer crer que existe alguma qualidade diferenciada nas peças, só que essa pretensa qualidade não parece refletida no aspecto das roupas, por causa desses artifícios de emendas nas saias, tecidos pobres e péssimo caimento, que vestem mal até os corpos esqueléticos das modelos, quando elas fazem aquelas posturas estranhas para posar para as fotos. Vejo esse aspecto empobrecido e essa falta de cuidado até em roupas nas vitrines da Oscar Freire, daquelas grifes alternativas nas biutiques da Vila Madalena e Pinheiros, no site Farfetch, no Galerist, na Pinga Store. E nem vou me estender muito falando dos tamanhos que estão cada vez menores. Eu tenho roupas muito boas em couro com acabamento perfeito, compradas no início dos anos 2000, numero 42 e que servem em mim até hoje. No entanto, com a modelagem atual tão pequena só consigo usar 46 ou GG. E tirando as medidas com a fita métrica eu vejo mesmo que o numero 42 das minhas roupas do passado se tornou o número 46 do presente, o que significa que querem economizar nos tecidos para fazer mais peças. E até o couro ficou mais vagabundo, muitas vezes substituído pelo tal "couro ecológico" que é a pior enganação feita de plástico que já vi. É muito marketing para pouca qualidade.

E eu achei que só eu estava incomodada com isso. Mesmo procurando textos com a mesma opinião nas buscas do Google não encontro muita gente reclamando. Só aparecem resultados exaltando o uso do poliéster, links patrocinados das lojas fast fashion e etc. Tudo é feito para estimular o consumo desenfreado, normalizar a aceitação da baixa qualidade, manipular a percepção do consumidor escondendo essa realidade. Daí, quando comento com outras pessoas, poucos percebem o que eu vejo e continuam comprando as porcarias que as lojas ofertam. Enfim, não sou expert em moda, nem consumidora assídua, mas sou designer gráfico e tenho olhos para detalhes. Também sou exigente e não estou disposta a ficar gastando meu suado dinheiro em um vestido de marca cara, alternativa, descolads, slow fashion, mas que usa poliéster, vusta 2,5k e que parece roupa da Shein. Não dá. Rsrsrs. Desculpe pelo textão.

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Oi, Flávia, tudo bem? Fico muito feliz que tenha gostado do texto! Mas, preciso fazer uma ressalva, porque, as roupas dos grandes conglomerados perderam muita qualidade, sim. Mas ainda existem roupas de qualidades excelentes, inclusive nesses espaços que você citou. Misci, Neriage, Handred, só pra citar algumas, tem peças com qualidade impecável! Achei importante ressaltar isso.

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Oba! Obrigada pelas dicas, ainda não conhecia essas grifes que mencionou. Vou olhar. Beijos

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Oba! Obrigada pelas dicas, ainda não conhecia essas grifes que mencionou. Vou olhar. Beijos

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Oba! Obrigada pelas dicas, ainda não conhecia essas grifes que mencionou. Vou olhar. Beijos

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